«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

GANDHI

Lembrando Mahatma Gandhi,idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha como um meio de revolução. 
Foi assassinado em: 30 de janeiro de 1948

"Quando alguém compreende que é contrário à sua dignidade de homem obedecer a leis injustas, nenhuma tirania pode escravizá-lo."

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

BAREFOOTCOLLEGE





Em Titonia, fica a Universidade do Pé Descalço, Barefoot College, fundada por Sanjit «Bunker» Roy. A história de Barefoot College, é das mais poderosas, em inovação e criatividade. Desfaz a ideia de que a crise se resolve apenas de cima para baixo. Fundado em 1972, é um dos maiores centros de pesquisa, inovação e educação no trabalho com a pobreza. Roy tem sido premiado por todo o lado e é considerado uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, pela revista «Time».
Roy é oriundo de uma família abastada, mas quando acabou os estudos quis ir viver para uma aldeia e ver como aí as coisas se organizavam, assim como partilhar a pobreza e a sapiência dos aldeões, porque acreditava, que com todos se pode aprender, todas as pessoas são obrigadas a saber coisas para sobreviver. Decidiu viver com eles, na privação e na frugalidade, seguindo a tradição da doutrina de Mahatma Gandhi.
O Barefoot College já formou mais de três milhões de pessoas, nas mais diversas áreas, todos os graduados eram analfabetos ou semianalfabetos e uma grande parte são mulheres oprimidas numa sociedade de pobreza. Muitas dessas mulheres são hoje, nas diversas comunidades, líderes de projetos. Criaram sistemas de energia solar onde não havia eletricidade, construíram sistemas de rega, de alimentação, assim como, casas e escolas.
No Barefoot College, o ensino tem por base o conhecimento através da experiência, uma transmissão direta e oral de capacidades, para desempenhar tarefas. Um saber casuístico, nascido da necessidade e da privação, extraordinariamente imaginativo e criativo
Esta criatividade permite aos pobres identificarem, analisarem e resolverem os seus problemas com um pequeno empurrão educacional e mínimos custos.
O BC é autónomo, não depende de nada nem de ninguém, é autossustentado.
Também para as crianças tem um programa noturno de escolaridade, porque durante o dia têm que trabalhar, a maior parte guardando gado.
Aqui é contrariada a ideia feita de que os pobres têm de ser virtuosos para serem retirados da pobreza, devendo poupar e gastar sensatamente. Os pobres são pessoas iguais aos ricos, com os mesmos sonhos de uma vida melhor.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

UMA UNIÃO ESPECIALISSIMA


Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta. Somos inteiramente responsáveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro. Será algo similar a uma pena: "O homem está condenado a ser livre". Se, como Nietzsche afirmava, já não havia a existência de um Deus que pudesse justificar os acontecimentos, a ideia de destino, passava a ser inconcebível, sendo então o homem o único responsável por seus atos e escolhas. Para Sartre, nossas escolhas são direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um engajamento naquilo que aparenta ser o bem e assim tendo consciência de si mesmo. A liberdade dá ao homem o poder de escolha, mas está sujeita às limitações do próprio homem. Esta autonomia de escolha é limitada pelas capacidades físicas do ser. Para Sartre, porém, estas limitações não diminuem a liberdade, pelo contrário, são elas que tornam essa liberdade possível, porque determinam nossas possibilidades de escolha, e impõem, na verdade, uma liberdade de eleição da qual não podemos escapar.
Simone de Beauvoir, uniu-se estreitamente ao filósofo e ao seu círculo, criando entre eles uma relação polêmica e fecunda, que lhes permitiu compatibilizar suas liberdades individuais com sua vida em conjunto. Na verdade, é difícil caracterizá-los como casal, porque viveram longas relações amorosas, com outras pessoas; Beauvoir, por exemplo, teve uma forte relação com o escritor norte-americano Nelson Algren logo após a guerra, e na década de 1950 manteve outra relação duradoura com Claude Lanzmann. No verão, era comum Beauvoir e Lanzmann viajarem com Sartre e sua amante Michelle Vian, ex-esposa do escritor Boris Vian.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

FILMES MARCANTES: PERSONA!


Persona filme de Ingmar Bergman , com Bibi Andersson e Liv Ullmann

A atriz Elizabeth Vogler ( Liv Ullmann) deixa de falar durante uma representação teatral de Electra. Seu mutismo em relação aos que a rodeiam é total, sendo então internada numa clínica. Não está doente, simplesmente optou pelo silêncio. Alma, (Bibi Andersson)uma jovem enfermeira, fica encarregada de tratar dela. A conselho do médico, as duas isolam-se numa ilha. 
O filme propõe uma reflexão sobre a constante necessidade de adequação aos diferentes papéis que uma pessoa deverá exercer ao longo da vida, "o irrealizável sonho de existir, não o de parecer, mas o de ser". Enquanto Elizabeth simplesmente desiste de tentar adequar-se a esses papéis, determina em Alma (Bibi Andersson) uma descoberta de trilhas semelhantes, frustrando suas falsas expectativas iniciais de construir um casamento e família tradicionais. É assim que ambas, Alma e Elizabeth, passam a manifestar diferentes facetas de uma só personagem, culminando na notória sequência onde se fundem os seus rostos. Tanto Elizabeth como Alma são afligidas por traumas relacionados com a maternidade - a primeira simplesmente renega o filho, enquanto a segunda não aceita bem um aborto ao qual fora obrigada. 



Sobre Persona Bergman disse:
"Hoje sinto que em Persona e mais tarde, em Lágrimas e Suspiros, fui muito longe, nestes dois casos trabalhei em total liberdade, toquei segredos sem palavras que só o cinema pode descobrir. " 
Persona é considerado uma das obras mais importantes do século XX por ensaístas e críticos como Susan Sontag , que se referiu a ele como obra-prima de Bergman. Outros críticos têm descrito o filme, como "uma das grandes obras do século XX a nível da arte".  

 Pensa que não entendo?  O inútil sonho de ser. Não parecer, mas ser. Estar alerta em todos os momentos. A luta: o que é com os outros e o que realmente é. Um sentimento de vertigem e a constante fome de finalmente ser exposta. Ser vista por dentro, cortada, até mesmo eliminada. Cada tom de voz, uma mentira. Cada gesto, falso. Cada sorriso, uma careta. Cometer suicídio? Nem pensar. Você não faz coisas desse gênero. Mas pode recusar-se a mover-se e ficar em silêncio. Então, pelo menos, não está mentindo. Você pode fechar-se, fechar-se para o mundo. Então não tem que interpretar papéis, fazer caras, gestos falsos… Acreditaria que sim, mas a realidade é diabólica (…).