«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

ROMANTISMO – AS PRIMEIRAS FÉRIAS A DOIS – DILEMAS


Agosto, enfim está a acabar! Que mês de dilemas e sem qualquer romantismo! Agosto para onde ir? Como fugir às filas e filas para a praia e, na praia, com gente por todo o lado, onde está o romantismo? Depois há outras questões. As manhãs são para ficar a dormir? As noites são sempre para sair? Para ir para a praia de manhã não pode haver copos à noite! Um pode gostar de beber álcool o outro não, um está fresquinho no dia seguinte, enquanto o outro está com uma daquelas más disposições!...
Não vão para um hotel, o dinheiro que não é nada romântico, também é de considerar! Vão para um apartamento de um amigo. Quem cozinha? Vai ser a meias? Quem faz as compras? Vão sempre comer fora ou compram fora para comer dentro? Nas esplanadas conversam? E os livros que levaram quando os poderão ler? Será que os dois gostam de passear pelas redondezas ou um considera isso muito cansativo?
O melhor será ficar na cidade, muito mais calma nestas ocasiões, só que qual é o romantismo de ficar na cidade?
Há também a hipótese do Portugal profundo, mas tem que ser muito profundo, se é a terra de algum é preciso visitar a família, ir ver a procissão, assistir ao espectáculo do rei do CD pirata.
E se forem para o estrangeiro visitar uma cidade? É a primeira vez que estão a fazer férias, não se conhecem suficientemente numa vida em comum, pode acontecer, ele ou ela, gostar de ver os museus todos e o outro preferir ficar na esplanada a sentir o pulsar da cidade. No primeiro dia há uma cedência, no segundo tem que haver um meio-termo ou cada um vai para o seu lado e lá vai o romantismo?
ISTO DO ROMANTISMO É UMA COISA COMPLICADA, MAS PORQUE É QUE TUDO ESTÁ CONTRA O ROMANTISMO?

domingo, 22 de agosto de 2010

No Matter What Boyzone



Não importa o quê
Não importa o quê eles nos digam,
Não importa o quê eles façam,
Não importa o que eles nos ensinem,
O que nós acreditamos é verdadeiro.
Não importa do que eles nos chamem,
De qualquer forma que eles ataquem,
Não importa onde eles nos levem,
Nós encontraremos nosso próprio caminho de volta.
.../...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

GENTLEMAN WILL WALK BUT NEVER RUN

Todas nós mulheres, gostamos de um homem que seja cavalheiro! Alguém que saiba conversar com conteúdo e elegância. Sobre tudo ou então que admita, que não sabe sobre determinado tema, sem com isso parecer um ignorante. Que tenha bom aspecto e saiba vestir-se para ocasiões distintas. Que saiba dar a ideia de ser pessoa de confiança. Que abra a porta para a mulher entrar e se levante para a cumprimentar, que caminhe do lado de fora do passeio para proteger a mulher, que dispa o casaco para a proteger da chuva ou do frio, insista em pagar, embora depois consinta em que seja ela a pagar, para não parecer machista, abra primeiro a porta do carro para ela entrar…etc…etc… Mas estes gestos que de início são esfuziantes e naturais, começam a ser doseados, ser cavalheiro cansa! E um homem, que quando lhe convém sabe ser cavalheiro, muito depressa se pode transformar num distraído!


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A HIPOCRISIA DO AMOR PRÓPRIO

Velasquez - Venus

A natureza do amor-próprio e deste eu humano é de só se amar a si e de só se considerar a si. Mas que há-de fazer? Não saberia impedir que este objecto que ama esteja cheio de defeitos e de misérias: quer ser grande e vê-se pequeno; quer ser feliz e vê-se miserável; quer ser perfeito - vê-se cheio de imperfeições; quer ser objecto do amor e da estima dos homens e vê que os seus defeitos só merecem a sua aversão e o seu desprezo. Este embaraço em que se encontra produz nele a mais injusta e a mais criminosa paixão que é possível imaginar; porque concebe um ódio mortal contra esta verdade que o repreende, e que o convence dos seus defeitos. Ele desejaria aniquilá-la, e não a podendo destruir em si mesma, destrói-a, tanto quanto pode, no seu conhecimento e no dos outros, isto é, põe todos os cuidados em encobrir os seus defeitos, aos outros e a si mesmo, e não suporta que lhos façam ver, nem que lhos vejam.
É sem dúvida um mal-estar cheio de defeitos; mas é ainda um mal muito maior estar cheio e não os querer reconhecer, visto que é acrescentar-lhe ainda o de uma ilusão voluntária. Não queremos que os outros nos enganem; não achamos justo que queiram ser mais estimados por nós do que o que merecem: não é portanto justo também que os enganemos e queiramos que nos estimem mais do que merecemos. Assim, quando só descobrem imperfeições e vícios que nós com efeito temos, é visível que não nos prejudicam, visto que não são eles a causa dessas imperfeições, e que nos fazem um benefício, por nos ajudarem a libertar-nos de um mal, que é a ignorância das imperfeições. Não nos devemos zangar porque as conheçam, e porque nos menosprezem: sendo justo que nos conheçam pelo que somos, e que nos desprezem se somos desprezíveis. Eis os sentimentos que nasceriam de um coração cheio de rectidão e de justiça. Que devemos portanto dizer do nosso, quando nele encontrarmos uma disposição completamente contrária? Pois não será verdade que odiamos a verdade e aqueles que no-la dizem, e que gostamos que se enganem com vantagem para nós e que queremos ser estimados por eles por sermos diferentes daquilo que com efeito somos? (...) A vida humana é apenas uma ilusão perpétua; o que fazemos é enganar-nos e iludir-nos mutuamente. Ninguém fala de nós na nossa presença como na nossa ausência. A união que existe entre os homens é fundada sobre este mútuo embuste; e poucas amizades subsistiriam se cada um soubesse o que o seu amigo diz dele quando não está presente, ainda que ele fale então sinceramente e sem paixão. O homem é apenas disfarce, engano e hipocrisia em si mesmo e para com os outros. Não quer que lhe digam a verdade e evita dizê-la aos outros; e todas estas disposições tão afastadas da justiça e da razão têm uma raiz natural no seu coração.


Blaise Pascal, in "Pensamentos"

domingo, 15 de agosto de 2010

MULHERES DE ROSTO (DES)COBERTO

BURQA – NIQAB – HIJAB – CHADOR
No Ocidente, por todo o lado é frequente ver estas mulheres. Se um véu na cabeça é tolerável, ficarem completamente com o rosto oculto é sinistro e incomoda muita gente, porque isto representa um atraso civilizacional.



EM DEFESA DA DIGNIDADE, PARLAMENTOS EUROPEUS REJEITAM O USO DO VÉU PORQUE O CONSIDERAM UM ATENTADO À LIBERDADE E À IGUALDADE DAS MULHERES.

França, é proibido a alegação é a necessidade de salvaguardar os valores laicos da dignidade dos cidadãos
Inglaterra, a proposta foi criticada, por ser considerada como uma imposição contrária à tradição britânica de «uma sociedade tolerante e onde impera o respeito mútuo».
Bélgica foi o primeiro país a proibir, por dificuldade de identificação.
Espanha lei á espera de ratificação, mas em Barcelona já existe a proibição.
Holanda à espera de aprovação, o mesmo caso em Itália que prevê dois anos de prisão e multa de dois mil euros.
Kosovo, apesar de ser de maioria muçulmana aprovou a proibição.
Turquia, alegando ataque às leis seculares de modernização, é contra.
Alemanha, a constituição garante o direito de as pessoas expressarem a sua religiosidade de acordo com as suas tradições, mas em alguns estados, que se regem por legislação própria proíbem.
Síria, baniu o véu nas universidades, por ameaça à identidade secular do país.