«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O MEU FILHO FANÁTICO - HC - UPP

Filme interessante, que aborda uma questão actualíssima, motivada pela emigração. O desenraizamento de pessoas com outras culturas e tradições, cuja integração é difícil e provoca socialmente, marginalização.
Parvez é um taxista de origem indiana, que vive na Inglaterra com a mulher e um filho. O seu desejo é de ser o mais inglês possível e procede como tal. O filme começa quando vão a sua casa, a noiva e os pais, de nacionalidade inglesa, do seu filho Farid. Parvez está contentíssimo e nem repara no desagrado manifestado pelos pais da noiva, quem se apercebe bem é Farid e enquanto Parvez já anda a idealizar a grande boda, o filho termina com o relacionamento. Quando o pai sabe já Farid deixou as roupas ocidentais e os objectos ocidentais e se veste com as roupas tradicionais e mais tarde adere a um grupo fanático religioso. Parvez discute com o filho, que tem o apoio da mãe, mas foi em vão, Farid acusa o pai de andar, como taxista, no meio das prostitutas, tendo inclusive uma preferida, com quem depois tem um caso. São postas em confronto maneiras de viver antagónicas, as duas têm aspectos bons e maus. Parvez ao ver o filho numa manifestação contra a casa das prostitutas, consideradas mulheres do pecado e do vício, agarra-o e insulta-o. Farid sai de casa, a mãe, que sabe do caso de Parvez com a prostituta sai de casa, fica apenas Parvez, que no meio de tantos tumultos encontra ternura e amor nos braços de Bettina (a prostituta), apesar de ter contra si todos os da sua raça.
É um filme muito humano e de grande sensibilidade, que não toma nenhum partido e permite várias leituras.

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