«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sábado, 31 de janeiro de 2009

ILÍADA de HOMERO


A Ilíada é um poema épico grego, que narra os acontecimentos ocorridos, durante o décimo e último ano da Guerra de Tróia, cuja génese radica na cólera de Aquiles.
A Ilíada, como a Odisseia são dois livros atribuídas a Homero, que se julga ter vivido, por volta do século VIII a.C, na Jônia, e constituem os mais antigos documentos literários gregos (e ocidentais), que chegaram nos nossos dias, mas ainda hoje, se discute a sua autoria, a existência real de Homero e se estas duas obras, teriam sido compostas pela mesma pessoa.
Considera-se que a obra tenha a sua origem na tradição oral, teria originalmente sido cantada, e só muito mais tarde os versos foram compilados numa versão escrita, no século VI a.C. em Atenas. O poema foi então posteriormente dividido em 24 Cantos. A Ilíada influenciou a cultura clássica, sendo estudada e discutida na Grécia (onde fazia parte da educação básica) e posteriormente, no Império Romano. Teve influência nos autores clássicos, como na Eneida, de Virgílio e é considerada como a "obra fundadora" da literatura ocidental e uma das mais importantes da literatura mundial.

SÍNTESE DA OBRA: É o décimo ano da guerra de Tróia. Aquiles e Agamémnom desentendem-se, devido à disputa sobre uma jovem cativa (Briseida) e cortam relações. Odisseu impede uma revolta, mas os gregos preparam-se para um ataque a Tróia. Páris leva Helena, mulher de Menelau consigo e desafia Menelau para um duelo, propondo decidir o destino da guerra. Menelau vence, mas Páris sobrevive, salvo por Afrodite. O pacto é quebrado pelos troianos e a guerra recomeça. Diomedes, impulsionado por Palas, realiza grandes prodígios, ferindo Afrodite e Ares. Heitor pede para que se tente apaziguar Palas. Encontra-se com a esposa e o filho e retorna à batalha junto de seu irmão Páris. Heitor entra em duelo com Ajax. A luta fica empatada, interrompida pela noite. Os deuses retiram-se da batalha. Agamémnom tenta reconciliar-se com Aquiles, mas este recusa. Diomedes e Odisseu, saem em missão de espionagem e atacam o acampamento troiano. Páris fere Diomedes, e Pátroclo fica sabendo da desastrosa situação grega. Retirada grega até as naus. Poséidon tem piedade dos gregos e motiva-os. Hera adormece Zeus, permitindo a reacção grega. Zeus acorda e impede que Poséidon continue interferindo. Os troianos retomam a vantagem no combate. Pátroclo pede a armadura a Aquiles e permissão para entrar na luta. Aquiles concede, porém Pátroclo é morto por Heitor. Há uma disputa pelo corpo e armadura de Pátroclo. Heitor fica com a armadura e Ajax com o corpo. Aquiles fica sabendo da morte de Pátroclo e quer o seu corpo para serem feitas as cerimónias fúnebres. A sua mãe providencia uma nova armadura. Aquiles de armadura nova e reconciliado com Agamémnom, junta-se à guerra, na qual participam livremente os deuses. Aquiles chega aos portões de Tróia e entra em duelo com Heitor, matando-o. A seguir, desonra seu cadáver, arrastando-o pelo acampamento grego. Príamo pede o cadáver do filho e Aquiles comovido, cede. Heitor é devidamente velado em Tróia, como um dos grandes guerreiros troianos.
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De acordo com a lenda associada à conquista de Tróia pela Grécia, um grande cavalo de madeira foi deixado junto às muralhas de Tróia. Construído de madeira e oco no seu interior, o cavalo abrigava soldados gregos, dentro da sua barriga. Deixado à porta da cidade pelos gregos, os Troianos acreditaram que ele seria um presente, como sinal de rendição do exército inimigo e abriram os portões. O exército grego pôde assim entrar sem esforço em Tróia, tomar a cidade, destruí-la, incendiá-la e matar os troianos.
O cavalo de Tróia teria sido uma invenção de Odisseu (o guerreiro mais sagaz da Ilíada e personagem da Odisseia) e construído por Epeu.
Apesar de ser parte da história da Guerra de Tróia, o cavalo de Tróia só é descrito com detalhe na Eneida, obra da literatura latina, não sendo descrita na Ilíada de Homero.

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