«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

HENRIQUE POUSÃO (1859-1884)






A Universidade do Porto conjuntamente com o Museu Soares dos Reis, vão fazer uma série de exposições e eventos em 2009, ano que consideram, ano do pintor HENRIQUE POUSÃO.

Henrique César de Araújo Pousão, nasceu e morreu em Vila Viçosa. Pintor da 1ª. Geração Naturalista. Morreu com 25 anos, de tuberculose.
Foi o mais inovador pintor português da sua geração, reflectindo, na sua obra naturalista, influências de pintores impressionistas, como Pissarro e Manet. Pintou também paisagens, que ultrapassam as preocupações estéticas da pintura do seu tempo. Henrique Pousão estudou na Academia Portuense de Belas Artes.
Bolseiro do Estado, foi para Paris, em 1880, com José Júlio de Sousa Pinto e foi discípulo de Alexandre Cabanel e Yvon. Por razões de saúde, trocou a França por Itália e em Nápoles, Capri e Anacapri, executou algumas das suas melhores pinturas. Em Roma foi sócio dos Círculo dos Artistas e frequentou as sessões nocturnas de Modelo Vivo.

Considerado um dos maiores da Pintura portuguesa, da segunda metade do Século XIX, Henrique Pousão desenvolveu toda a sua produção artística na fase da sua formação. A sua pintura foi marcada pelos lugares por que passou. Em França, revelou já a originalidade, que mais tarde, marcou a sua obra: um entendimento da luz e da cor, traduzido nas representações das margens do Sena, dos bosques sombrios dos arredores de Paris e em aspectos da aldeia de St. Sauves.
Em Roma, embora adira ao gosto académico, afastou-se do registo mimético e narrativo do naturalismo: num numeroso conjunto de pequenas tábuas, pintou ruas, caminhos, pátios, casas, trechos de paisagens, expressou as formas em grandes massas de cor, em jogos de claro-escuro e de luz-sombra. Em algumas obras, as composições assumem formas sintetizadas - próximas de uma expressão abstracta, caso excepcional na pintura portuguesa da época.
Através da sua obra, é possível traçar o antes e o depois do naturalismo.

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