«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

HENRI BERGSON (1860-1941)

Filósofo e diplomata francês. Conhecido principalmente por, Matière et mémoire e L'Évolution créatrice, sua obra é de grande actualidade e tem sido estudada em diferentes disciplinas - cinema, literatura, neuropsicologia, entre outras.
Henri Bergson era filho de mãe inglesa e pai polaco. Viveu com os seus pais alguns anos em Londres, mas aos nove anos regressou a Paris, o seu local de nascimento, onde se naturalizou francês. Ali fez os seus estudos, licenciando-se em Letras e em 1881. Tornou-se professor e deu aulas em várias localidades de França. Em 1889 obteve o doutoramento em Letras pela Universidade de Paris, com uma tese sobre Aristóteles. No ano seguinte obteve um lugar como professor no Collège de France.
A partir de 1925, passou a sofrer de um reumatismo deformante, que o deixará semi-paralisado, a ponto de o impedir, de ir a Estocolmo para receber o Nobel de Literatura em 1927. Faleceu em 1941, com 81 anos.


FILOSOFIA DE BERGSON - A actividade especulativa de BERGSON exerceu-se, sobretudo, em quatro obras que mostram claramente sua evolução espiritual: O Essai sur les données immédiates de Ia conscience (1889) contém a sua teoria do conhecimento; Matière et Mémoire (1896) a sua psicologia, L’Évolution créatrice (1907) a sua metafísica fundada na biologia especulativa, Les deux sources de la Morale et de la Religion (1932) a sua ética e filosofia da religião. Todas estas obras tiveram um êxito extraordinário, que se explica, não só porque BERGSON, expunha uma filosofia realmente nova e que correspondia às necessidades mais prementes da época, mas também porque a exprimia numa linguagem de rara beleza. Por esse motivo lhe foi atribuído, em 1927, o Prémio Nobel de Literatura. Por uma prodigiosa clareza, uma artística matização das expressões, uma impressionante potência de imaginação, aliada a uma extraordinária gravidade filosófica e uma acuidade dialéctica sem par. Além disso, as suas obras apoiam-se em conhecimentos sólidos, adquiridos à custa de amplas e árduas pesquisas. Por tudo isto, BERGSON foi capaz de superar o positivismo e o idealismo do século XIX. É um dos pioneiros do espírito novo de nosso tempo.

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