«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

CINCO PILARES DO ISLÃO - CINCO DEVERES BÁSICOS DOS MUÇULMANOS

-A RECITAÇÃO E ACEITAÇÃO DO CREDO;
-ORAR CINCO VEZES AO LONGO DO DIA;

(A oração no Islão é composta por 5 partes, todas espalhadas durante o dia e a noite, iniciando-as na alvorada. É considerado o ponto mais próximo para chegar de Deus. No Islão não há obrigatoriamente hierarquia entre os adeptos, porém a comunidade, conhecida como ummah, escolhe uma pessoa com conhecimento suficiente, para dirigir a adoração.
Durante estas preces são recitadas suratas do Alcorão, geralmente ditas em árabe. Não existe restrição, para que o crente reze fora da mesquita, a oração pode ser feita em qualquer lugar, desde que se tenha feito antes a sua purificação.
A purificação é realizada através da higiene especifica e detalhada, que consiste basicamente em lavar as mãos, os antebraços, a boca, as narinas, a face, orelhas, nuca, cabelo e pés. Se um muçulmano, se encontrar numa área sem água ou numa área onde o uso da água não é aconselhável, pode substituir as abluções, pelo uso simbólico de areia ou terra . O crente tem que orar na direcção de Meca.)
-PAGAR ESMOLA;
(O Islão estabelece, que cada muçulmano deve pagar anualmente uma certa quantia, calculada a partir dos seus rendimentos, que será distribuída pelos pobres ou por outros beneficiários definidos pelo Alcorão (prisioneiros, viajantes, endividados...). A quantia corresponde a 2,5% do valor dos bens em dinheiro, ouro e prata, mas o valor pode variar se se tratar, por exemplo, de produtos agrícolas (neste caso a contribuição pode chegar a 10% da colheita agrícola). Quem tiver possibilidades pode ainda contribuir, de forma voluntária, com outras doações (sadaqa), mas é importante que o faça em segredo e sem ser movido pela vaidade).
-OBERVAR O JEJUM NO RAMADÃO;
(Durante o Ramadão, cada muçulmano adulto deve abster-se de alimento, de bebida, de fumar e de ter relações sexuais, desde o nascer até ao pôr-do-sol. Os doentes, os idosos, os viajantes, as grávidas ou as mulheres lactantes, estão dispensados do jejum. O jejum é interpretado como uma forma de purificação, de aprendizagem do auto-controlo e de desenvolvimento da empatia, por aqueles que passam fome ou outras necessidades. O mês de Ramadão termina e as casas são decoradas e é hábito visitar os familiares. Esta comemoração serve também para o perdão e a reconciliação, entre pessoas desavindas).
-FAZER A PEREGRINAÇÃO A MECA;
(Este pilar consiste na peregrinação a Meca, obrigatória pelo menos uma vez na vida, para todos os que gozem de saúde e disponham de meios financeiros. Ocorre durante o décimo segundo mês do calendário islâmico. Os muçulmanos vestem-se com um traje especial todo branco, antes de chegar a Meca, para que todos estejam igualmente vestidos e não haja distinção de classes. Fazem sete voltas em torno da kaaba e depois os peregrinos correm entre as duas colinas de Safa e Marwa. Na última parte do Hajj, os muçulmanos devem passar uma tarde na planície de Arafat, onde Maomé disse o seu "Último Sermão". Os rituais chegam ao fim, com o sacrifício de carneiros e bodes.

---------------------------------------------------------------------------------------------
ALCORÃO, é o livro onde estão os ensinamentos de Alá. Os muçulmanos acreditam que Maomé recebeu estes ensinamentos de Alá, por intermédio do anjo Gabriel. Maomé recitou estas revelações aos seus companheiros, muitos dos quais se diz as terem memorizado. As revelações a Maomé foram mais tarde reunidas em forma de livro. Considera-se que a estruturação do Alcorão como livro, ocorreu entre 650 e 656, durante o califado de Otman.
O Alcorão está estruturado em 114 capítulos chamados suras. Cada sura está por sua vez subdividida em versículos chamados ayat. Considera-se que 92 capítulos foram revelados em Meca e 22 em Medina).
Uma vez que os muçulmanos acreditam que Maomé, eles consideram a sua mensagem como um depósito sagrado e para não haver adulterações, não permitem a tradução do Alcorão, para as línguas vernáculas. A mensagem principal do Alcorão é a da existência de um único Deus, contém também exortações éticas e morais e histórias relacionadas com os profetas anteriores a Muhammad, avisos sobre a chegada do dia do Juízo Final, bem como regras relacionadas com aspectos da vida diária, como o casamento e o divórcio.
Não há uma autoridade oficial que decide se uma pessoa é aceita ou excluída da comunidade de crentes. O Islão é aberto a todos, independentemente de raça, idade, género, ou crenças prévias.
Não exista no islamismo uma estrutura clerical semelhante à existente nas denominações cristãs, existe contudo um grupo de pessoas reconhecidas pelo seu conhecimento da religião e da lei islâmica, denominadas ulemás. Estas pessoas podem receber o título de mufti, sendo responsáveis pela emissão de pareceres sobre determinada questão da lei islâmica; em teoria estes pareceres (fatwas) só devem ser seguidos pela pessoa que os solicitou.
Os muçulmanos xiitas consideram ainda três práticas como essenciais à religião islâmica: além da
jihad, que também é importante para os sunitas, há o Amr-Bil-Ma'rūf, "Exortar o Bem", que convoca todos os muçulmanos a viver uma vida virtuosa e encorajar os outros a fazer o mesmo, e o Nahi-Anil-Munkar, "Probir o Mal", que orienta os muçulmanos a se abster do vício e das más acções. Na Idade Média, alguns grupos consideravam a jihad *como o "sexto pilar do Islão". Actualmente alguns grupos do xiismo ismaelita entendem a "fidelidade ao Imam" como sexto pilar do Islão.
*JIHAD
Jihad, às vezes referida como Jahad, Jehad, Jihaad, Jiaad, Djihad, ou Cihad, é um conceito essencial da religião islâmica. Pode ser entendida como uma luta, mediante vontade pessoal, de se procurar e conquistar a fé perfeita. A explicação quanto às duas formas de Jihad não está presente no Alcorão, mas sim nos ditos do Profeta Muhammad: a "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; a "Jihad Menor", é descrita como um esforço que os muçulmanos fazem, para levar a mensagem do Islão. Há opiniões divergentes quanto às formas de acção que são consideradas Jihad. A Jihad só pode ser travada para defender o Islão. No entanto, alguns grupos acham que isto tem aplicação, não só na defesa física dos muçulmanos, mas também na reclamação de terras, que em tempos pertenceram aos muçulmanos ou na protecção do Islão, contra aquilo que eles vêem como influências que "corrompem" a vida muçulmana. De acordo com as formas comuns do Islão, se uma pessoa morre em Jihad, ela é enviada directamente para o paraíso, sem quaisquer punições pelos seus pecados.
De acordo com o sociólogo sírio-alemão especialista no Islão, Bassam Tibi, o fenómeno do fundamentalismo islâmico, é uma forma de oportunismo político de alguns grupos, que se aproveitam da noção de Jihad, desvirtuando o Islão, para torná-lo um factor de acção política em proveito próprio.

Sem comentários: